A vida vale a pena? Sim! Por mais que a vida seja íngreme, que a vida seja difícil, que brotem dificuldades aos borbotões, que a vida seja curta ou longa, que os percalços da vida sejam quase intransponíveis, vale a pena viver a vida. É na dificuldade que se processa a aprendizagem e o desenvolvimento intelectual e moral. Se o homem não encontrasse obstáculo no seu dia a dia, ele se estagnaria nem se desenvolveria.
Deus deu ao o homem o dom da vida e o livre arbítrio, caber-lhe-á realizar seu destino que começa com suas escolhas. Se o indivíduo não tem projeto de vida e faz suas escolhas erradas, não deverá colocar na conta da Providência suas adversidades, sua má fortuna. Ninguém será feliz se não tiver vontade, determinação e disciplina. Conta-se que um homem escreveu nas paredes do seu pobre quarto: “Eu sou rico!”, “Eu sou rico!”, “Eu sou sou rico!”, “Eu sou rico!”, perseguiu à riqueza com propósito e comprometimento que se tornou rico, muito rico.
Porém, o homem deve passar pela vida como um Cometa, breve, mas deixando uma cauda, um rastro de empatia, generosidade, solidariedade, compaixão e amor. Para Pavlovich Chékhov: “É bom que cada um de nós deixe algo que demonstre que nossas vidas não passam sem deixar rastro, mas que levam vestígios para eternidade”. Uma vida que passa presa ao egoísmo, à individualidade, às coisa fúteis, à matéria, sem pensar no outro, é reduzir a vida ao nada.
A família é o ponto de apoio físico, emocional e moral do homem, seu porto seguro, um homem de 50 anos de idade, para sua mãe, ela tem a mesmo cuidado e preocupação de um filho de 5 anos de vida. Aliás, para os pais, os filhos são consequências de amor e bênçãos. Ninguém nasce de um toco, mas da união de duas pessoas que se amam ou não se detestam. O homem jamais será feliz se negar sua origem biológica ou social, o ambiente por mais inóspito que seja, fará parte de sua memória afetiva sempre.
Faz-se necessário esclarecer que a família, aqui, é a família tradicional, pai, mãe e filhos, não é a família criada pela sociedade atual de pais do mesmo gênero. Este tipo de família moderna irá transferir para o “filho” uma carga psicológica distorcida à mente da criança que a tornará um adulto de complexos psicológicos, frustrações e vida mal resolvida, ou seja, uma estrutura emocional e cognitiva comprometidas.
Mesmo com dor e sofrimento, vale a pena viver a vida, pois, ela é única, não existem outras vidas. Se a vida não tem sentido, dê-lhe sentido... Lamúrias e lamentações não resolverão nenhuma situação adversa, a sabedoria popular diz: “... faça do limão uma limonada” ou “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”. Tudo se acaba no fim da vida, até os nossos mais nobres propósitos.
A filosofia niilista também não resolve os problemas existenciais. Sustentar como fez Nietzscher a morte de Deus ou rejeitar a existência e a vida não trazem solução, porque não se pode negar aquilo que existe independente da vontade do homem, mesmo numa construção metafísica. Portanto, a solução para vida é viver e viver plenamente.
Nenhum homem vive numa ilha, isolado o suficiente para não precisar do outro, todos nós somos animais sociais, regido pelo processo interativo, por isto, é necessário que a vida em sociedade seja regida por leis que limitam as ações humanas e estabelecem comportamentos aceitáveis para o seu bem-estar político e social.
Finalmente, que a vida seja feliz enquanto dure, que se aproveite cada momento da vida com alegria e satisfação, não importa se a vida é curta ou longa.
Autoria: Rilvan Batista de Santana
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Membro da Academia de Letras de Itabuna - ALITA
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