A fake news, a mentira, a calúnia e a injúria são práticas reprováveis do homem. Esses atos de natureza mesquinha e egoísta, eles destroem reputações, mancham a vida de celebridades, interrompem carreiras, destroem a honra e a vida de inocentes, indefesos e incautos. Por mais prudente e cuidadoso que seja o indivíduo, ele não estará isento da maldade e astúcia do inimigo.
Goebbels, o ministro da propaganda de Adolf Hitler, dizia que uma mentira repetida várias vezes, ela ganha foro de verdade, porém, a mentira poderá ser repetida dezenas de vezes, ela não se sustenta com uma verdade, por isto, os antigos diziam que a mentira tem “pernas curtas”, a mentira corre pouco e assim que se confronta com a verdade, cai das pernas...
Embora a calúnia tenha a mesma vestimenta da mentira, difere dos outros atos falsos por ser uma acusação infundada, mas capaz de provocar danos irreparáveis. O caluniador é um sujeito rasteiro, mau caráter que denigre e destrói a honra da pessoa caluniada. Não é fácil incriminar o caluniador, ele usa vários artifícios para se esconder do crime. A mentira, às vezes, é circunstancial, um fato isolado. Existe o mentiroso por natureza, quem não conhece alguém que é mentiroso contumaz, mas não prejudica ninguém, só a si, pois fica com a pecha de mentiroso para sempre, sem credibilidade (“10 coisas que sicrano diz, ele mente 11” ), enquanto a calúnia é calculada e traz no seu bojo um ror de maldade.
Nos início dos anos 60, o São Caetano era uma pequena comunidade. J. R. Oliveira se apaixonou por A. B. Andrada, só que ela era casada e fiel ao marido e o rejeitou e o repreendeu. J. R. Oliveira sustentou para alguns amigos que havia seduzido A. B. Andrada. A calúnia correu a pequena comunidade, chegou aos ouvidos do marido precipitado que o matou.
A injúria, também, é um ato reprovável do comportamento humano, porém, o ato injurioso é mais concreto. A vítima terá que provar que foi injuriada, por exemplo, se alguém diz que sofreu uma injúria racial, ela terá que provar com testemunhas isentas, sem vínculo afetivo e documentos verídicos. O significado de injúria é: “ofender a honra, a dignidade, mediante xingamento, seja verbal, escrito ou fisicamente”, sem estes elementos, não haverá injúria, mas narrativas e calúnias.
No dia 22 de agosto de 2020 (dia dos pais), C. Mattos, homem letrado, porém, com dificuldade de diálogo e de aceitar o contraditório, ele gosta sempre de ouvir “Amém!” dos seus sectários, publicou uma crônica (O Terrorista Cultural – C. M. - Google, Saber-Literário, Recanto das Letras e ICAL) atingindo a honra, o crédito, a dignidade, a injúria antissocial, a injúria familiar e a calúnia ao seu desafeto R. S. Além de imputações ofensivas: “deboche cultural”, “criatura de temperamento irritado”, “difícil convivência”, "...espelho, espelho meu, existe alguém mais infeliz que eu?", "... sua presença causava medo ao ambiente", etc.
Hoje, a notícia chega com a velocidade da Internet. A “Fake News” é usada na imprensa marrom. Ela cria narrativas, notícias falsas com o objetivo de criar impacto na divulgação e atender às demandas comerciais ou prejudicar moral e eticamente alguém. A fake news se alimenta de informações falsas e quando viraliza nas redes sociais, repetindo o adágio antigo: “... é difícil provar que sapo não tem cabelo”. Porém, quando alguém busca a verdade numa sindicância, ele a encontrará subsidiado pelo tempo e pelas novas concepções, René Descartes foi sábio quando disse: “Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis colocá-las sobre o papel”.
Os atos reprováveis do comportamento humano existem, têm vida própria, são fatos, não podemos negá-los, assim como não podemos negar a verdade, a honestidade e o bom senso, não importa que a injustiça prevaleça por algum tempo, todavia, ela não prevalecerá todo o tempo.
Autor: Rilvan Batista de Santana
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