Textos


Retaliação na Academia de Letras de Itabuna ALITA - R. Santana

Conheci o escritor Cyro de Mattos no dia 19 de abril de 2011. Eu o conhecia pela imprensa local. Conhecemo-nos na fundação da Academia de Letras de Itabuna – ALITA, nas dependências da FICC, naquela época, ele era o seu presidente. Foi um encontro de trabalho, nesse dia, 15 ou 16 membros formaram a primeira diretoria. O ex-juiz Marcos Bandeira presidente e fui escolhido 1º. Tesoureiro, Cyro de Mattos, o diretor da revista “Guriatã”, além de outros membros da diretoria. Ficaram na pauta para outras sessões o Regimento e o Estatuto, a logomarca, o brasão e o patrono Adonias Filho.

Fiquei feliz saber que daquele dia em diante iria conviver com intelectuais de escol, a exemplo de Rui Povoas, Dinalva Mello, Carlos Eduardo Passos, Sônia Maron, Sione Porto, Antônio Laranjeira...

No dia 22 de maio de 2011, produzir um texto: “Conheci um imortal”, elogiando o escritor Cyro de Mattos e o publiquei em alguns sites específicos do país. Essa crônica foi uma homenagem que fiz ao escritor do Sul da Bahia pela sua produção literária regional.

Algum tempo depois, a admiração que tinha pelo autor, transformou-se em decepção, pois, o escritor Cyro de Mattos indicou 90 % dos membros da academia e 100% dos membros correspondentes e foi decisivo na eleição de 3 presidentes, inclusive, a eleição da presidente atual que trabalha e mora em Itajuípe. Ele controla, também, as produções e as publicações da revista “Guriatã” e do site da ALITA. O site e a revista são repositórios de suas produções, homenagens e prêmios. Hoje, o escritor Cyro de Mattos é o Golbery do Couto e Silva da Academia de Letras de Itabuna – ALITA.

O site original tem um quadro de 40 membros/patronos respectivos mais membros correspondentes. Hoje, o novo site, a página de membros traz 24 membros (não estou nessa página), que é de os outros 16 membros? Morreram tantos membros em 10 anos? Não! Mesmo que tanta gente tivesse morrido, não se poderia apagar a verdadeira História da Academia de Letras de Itabuna.

A nova diretoria, liderada pelo escritor Cyro de Mattos, conseguiu até negar o brasão original: “Litterae Fraternitatis” (Fraternidade na Literatura) por “Litteris Amplecti” (Letras no envelope, carta). Na página de produção literária atual, extinguiram os meus textos literários e os meus livros digitais, se não tivesse arquivado os originais, esse trabalho de antes teria sido jogado no lixo. Na página da História da Academia, esqueceram que eu fui um dos seus fundadores, isto é, mais uma maneira de ser apagado da Academia de Letras de Itabuna – ALITA.

Certa feita, numa descontração do ex-juiz Marcos Bandeira, justificou a imortalidade do nosso escritor Sul da Bahia: “Cyro de Mattos pra se imortalizar, basta morrer!”, evidente que o nosso querido juiz referiu-se ao trabalho literário do escritor. Porém, para alguém se imortalizar na memória de Deus e do homem, é condição necessária, não só as obras literárias ou científicas, mas ações e obras humanas e virtudes como: generosidade, humildade, bondade, alocentrismo, empatia, compreensão e altruísmo. Se alguém é desprovido dessas virtudes, sua obra é efêmera e vazia.

"Conhecimento auxilia por fora, mas só o amor socorre por dentro" (Albert Einstein)

É humano respeitar a idade do escritor Cyro de Mattos, respeitar sua trajetória, não é fácil produzir 54 livros, é mais transpiração do que inspiração, uma vida, principalmente, ele ainda produz literatura aos 82 anos de vida e a maior parte desses anos de vida foi dedicado à produção literária e à divulgação.

Lamenta-se sua presunção, sua arrogância, sua falta de generosidade e sua retaliação maldosa aos pseudos inimigos. É necessário que ele tenha consciência que quantidade não é qualidade. Franz Kafka se imortalizou, apenas, com 2 livros: “O Processo” e “A Metamorfose”. Euclides da Cunha se imortalizou com “Os Sertões”, Antoine de Saint Exupéry com “O Pequeno Príncipe” e Jean-Paul Sartre, existencialista, escreveu demais, mas ficou popular com os livros: “A Náusea” e “O Muro”.

O escritor Cyro de Mattos não teve ainda a felicidade de produzir um Best Seller. Quem já leu: “Os ventos Gemedores?”, “O palhaço bom de briga?”, “O menino camelô?”, “Os brabos?”, "O velho campo da desportiva?", "Vinte poemas do rio?", etc., etc., livros nunca vistos no ranking dos mais lidos ou menos lidos na literatura nacional ou regional. Portanto, o escritor de Itabuna ainda não encontrou o “veio da mina”.

Faz uma semana que comuniquei à presidenta Silmara Oliveira, presidente da ALITA, que meu nome não consta na História da academia no novo site da ALITA. Comuniquei-lhe, também, que todas as minhas produções e livros digitais foram extintos, que meu nome e minha sucinta biografia não constam no site da entidade, também, meu nome não consta na sessão de posse de todos os acadêmicos no auditório da FTC, em 05 de novembro de 2011, presidida, naquela época, pelo presidente Academia de Letras da Bahia - ALB, Aramis Ribeiro Costa.

Fiz uma carta (não recebi a resposta nem a receberei) à presidente da ALITA, para seguir os trâmites legais, porém, com devido respeito, ela não resolve, quem resolve, quem dirige de fato a academia e faz tempo que me persegue e prejudica-me entre os meus pares, que sempre me retaliou é o diretor da revista "Guriatã" e escritor Cyro de Mattos, cujo motivo para me retaliar foi criticar sua centralização de poder, conduta tendenciosa e autoritária.

Enfim, acredito que as boas ações retornam aos que fazem o bem e o mal na mesma proporção. A maldade não prevalecerá por muito tempo e a verdade será restaurada um dia... Hoje, satisfaz-me esta história ter o testemunho de milhares de pessoas nas redes sociais.



Autoria: Rilvan Batista de Santana
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Rilvan Santana
Enviado por Rilvan Santana em 14/08/2021


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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr