Será o fim do mundo?... - R. Santana
O meu tio Pedro, do alto dos seus 94 anos de vida e experiência, ele explica todos os males da humanidade embasado em sua prática demográfica, isto é, o crescimento incontrolável da população. Sustenta que essas doenças modernas, potencialmente, sempre existiram desde que o mundo é mundo e eclodiram com o aumento desenfreado da população.
A peste bubônica, a varíola, o sarampo, o tifo, a febre tifoide, a lepra, a tuberculosa, a febre amarela e a gripe espanhola surgiram quando a população do mundo decuplicou. Nos Séculos XIV / XIX, não havia regra de distanciamento social nem saneamento básico nas cidades, não se conhecia vírus nem bactérias, nem fungos, nem vacinas nem tratamento. Só a gripe espanhola matou mais de 50 milhões de pessoas e a peste bubônica outro tanto.
Doenças como HIV, AIDS (sexualmente transmissíveis), a ebola e a covid-19 já mataram milhões de pessoas, todavia, existe a esperança além da vacina, o remédio, o tratamento precoce e a cura. As endemias e pandemias não são mais como antes, hoje, a ciência está avançada, novos procedimentos médicos, tecnologia informatizada e laboratórios sofisticados que contribuem para menos mortes nas endemias e pandemias.
Meu tio Pedro nunca soube de Malthus, nunca o viu mais gordo nem mais magro, não conhece sua teoria: “o alimento cresce em progressão aritmética e a população cresce em progressão geométrica”. Se ele conhecesse a teoria malthusiana, reforçaria sua convicção que o aumento da população é responsável por todos os estados de calamidade do planeta, porém, em tempos contemporâneos a Lei de Malthus está defasada, hoje, não existe falta de alimento, existe uma desigualdade sócio - econômica perversa de pessoas que podem comprar comida, outras, se alimentam mal e outras pessoas passam fome, portanto, a superpopulação não é a causa principal do sofrimento do homem.
Para os cristãos é o Apocalipse, texto escatológico, obscuro, que através de visões, São João profetizou a volta de Jesus Cristo e o fim do mundo: “Quando o Senhor retornar, não poderemos vê-Lo ou reconhecê-Lo, mesmo que O encontremos. Como podemos aguardá-Lo e dar-Lhe as boas-vindas?” Na verdade, Jesus Cristo já nos mostrou o caminho para recebê-Lo. Ele disse, “As minhas ovelhas ouvem a minha voz” (João 10:27), “Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! sai-lhe ao encontro!” (Mateus 25:6), “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Apocalipse 3:20). O Apocalipse vaticina o fim do mundo, porém, é muito obscuro, exige do leitor uma interpretação exegética profunda que os leitores comuns não têm esse embasamento teórico e de fé.
A pandemia da Covid-19, Século XXI ainda não é o fim do mundo, outras pandemias ainda virão. A História da Humanidade registra calamidades naturais que mataram milhares e milhões de pessoas: - tsunamis, enchentes, vulcões, trovões, meteoritos e terremotos. O tempo ainda neste Século XXI, a humanidade passará por outras pandemias e endemias, principalmente, a suspeita que muitos dessas bactérias e desses vírus são modificados geneticamente (guerra biológica) em laboratórios de alta performance e tecnologia.
O homem é o responsável pelo surgimento de novas pandemias e novas endemias, pois, ele causa danos diuturnos à fauna, à flora, às nascentes dos rios, poluição dos rios e dos mares. Ele é responsável pela proliferação de garimpos clandestinos, os desmatamentos, as queimadas e os lixões das cidades. Além disto, o homem é responsável pela poluição atmosférica com o lançamento diário de gases poluentes, causando o aquecimento global (efeito estufa), com gases de dióxido de carbono, ozônio, metano, etc. Os governantes se comprometem diminuir, em fóruns mundiais, esses danos à Terra, porém, as ações predadoras do homem são incontroláveis.
As pandemias e as endemias são efeitos e não causas. A exemplo, as vidas que foram ceifadas até agora pela covid-19, decorrem de experimentos em laboratórios com animais, principalmente, o porco, feitos em algum lugar do mundo, assim como, a peste bubônica decorreu da proliferação de ratos na Europa por falta de saneamento básico de suas cidades.
Então, quando será o fim do mundo? Para os religiosos, esses sinais atuais representam o Apocalipse, a vitória do bem contra o mal, todavia, são interpretações de fé! Para a ciência, se o homem não der fim nas causas de sua autodestruição, o fim do mundo já começou.
Autoria: Rilvan Batista de Santana
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