Textos


História de Desagravo R. Santana
 
HISTÓRIA - Em 19 de abril de 2011, numa das salas da Fundação Itabunense de Cidadania e Cultura-FICC, na Praça Tiradentes, a escol dos intelectuais desta terra, liderados pelo ex-juiz Dr. Marcos Bandeira e o escritor Cyro de Mattos, deram início à fundação da Academia de Letras de Itabuna – ALITA.
A diretoria era formada por ex-juízes, delegada, professores, advogados, escritores e o juiz Dr. Marcos Bandeira. Eu não conhecia, pessoalmente, nenhum dos intelectuais, fui chamado (desconheço o motivo) por Dr. Marcos Bandeira para integrar essa plêiade de homens das letras e do saber.
Nas reuniões que se sucederam, escolhemos por voto simples, a primeira diretoria com os cargos de presidente, vice-presidente, 1º. Secretário, 2º. Secretário, 1º. Tesoureiro, 2º. Tesoureiro, Diretor de Comunicação, Diretor da Revista e Diretor do site. Fui escolhido o primeiro tesoureiro.
Foi um ano de trabalho duro, fizemos o REGIMENTO e o ESTATUTO. Foi instituída a “logomarca” da academia, os brasões, o site funcionou e foi escolhido o nome da revista, “Guriatã”. O ESTATUTO e o REGIMENTO foram registrados em cartório e a academia tornou-se uma entidade jurídica com CNPJ, entidade de direito privado. Com base no modelo da academia francesa, foram indicados todos os 40 membros com os respectivos patronos e os membros correspondentes. Inicialmente, escolhi Machado de Assis, mas tive que ceder para atender ao desejo do escritor Hélio Pólvora e aceitei na casa do sem jeito e foi me dado o poeta Walker Luna como meu patrono.
Como 1º. Tesoureiro, conduzi os recursos da tesouraria com lisura. Tivemos que sair das dependências da FICC, passamos para uma escola do município em frente ao prédio do CNPC, de lá, através de Dr.ª Sônia Maron, a entidade foi instalada no Edifício Dilson Cordier, 2º. Andar, à Rua Ruffo Galvão, Centro. Coube à primeira diretoria, como presidente, Dr. Marcos Bandeira, administrar os recursos próprios (contribuição dos acadêmicos de 15 % do salário mínimo), foram adquiridos alguns móveis planejados, contratada uma funcionária e fizemos a festa de posse com “buffet”, no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, com a presença de autoridades do município itabunense.
Foram 2 anos de desenvolvimento cultural, apoio às produções acadêmicas, além disto, ações que visavam o reconhecimento da entidade pela comunidade. A administração do presidente Marcos Bandeira se caracterizou por liberdade de opinião, ele conduziu com sabedoria as divergências de ideias acadêmicas e administrativas, jamais alimentou picuinhas, fuxicos, seu trabalho teve como objetivo agregar todos os membros em prol da entidade.
Conheci Cyro de Mattos na ALITA, nessa época, ele era o presidente da FICC, por isto, começamos a desenvolver o projeto de fundação da academia de letras nas dependências dessa entidade municipal. No início dos trabalhos, na formatação da nova academia, ele demonstrou compreensão e domínio da parte burocrática, necessária à fundação da Academia de Letras de Itabuna – ALITA, seu reconhecimento como entidade jurídica. Por conta dessa experiência na construção da obra acadêmica, ele indicou 70 % dos membros da academia itabunense, além de se apossar do site e da revista Guriatã, ainda indicou todos os membros correspondentes sem resistência dos demais membros.
Mais de um ano depois, 18 de julho de 2012, embasado numa brincadeira de Dr. Marcos Bandeira que, pra Cyro de Mattos se imortalizar, “bastava morrer”, fiz uma crônica com o título: “Conheci um Imortal”. Crônica simples, despretensiosa, sem “puchaçaquismo”, mas, enaltecendo as qualidades literárias de Cyro de Mattos, sua vida devotada às letras, sua extensa bibliografia e seu amor cantado em verso e prosa a Itabuna.
No dia 12 de maio de 2013 em agradecimento ao livro “Berro de Fogo” que me foi dado pelo escritor Cyro de Mattos, publiquei uma crônica e apresentei “en passant” um estudo sobre o tema do livro, inclusive, que outros renomados escritores, a exemplo de Adonias Filho e Jorge Amado tinham explorado a odisseia dos migrantes de Sergipe e Alagoas ou outros estados do Nordeste, tangidos pela fama do cacau e das riquezas do Sul da Bahia, deixaram suas terras de nascimento, muitos tornaram-se jagunços cruéis e perigosos.
Logo depois da posse da ex-juíza Sônia Maron na ALITA, recebi em 05 de julho de 2013, uma ADVERTÊNCIA PROTOCOLADA, subscrita por 08 (oito) acadêmicos, encabeçada por Cyro de Mattos, embasada numa discussão na sala da ALITA, uma semana antes, que eu defendia, para evitar os privilégios de medalhões, na primazia das divulgações de suas produções, que, cada acadêmico tivesse sua página com senha para publicar seus textos. Porém, essa advertência, muito bem redigida, com citação de Tolstoi, que na discussão, eu defendia que todos acadêmicos tivessem a senha do site, que não é a mesma coisa, além de que fui mal-educado com a presidente e extrapolei os princípios éticos e a boa convivência.
Confesso que fiquei nervoso, pois já tinha reivindicado várias vezes e, não colocaram em pauta para que fosse discutida numa sessão que houvesse a presença da maioria absoluta dos acadêmicos não 2 ou 3 da diretoria. Porém, não houve xingamento nem agressão moral, sem apoio, retirei-me da reunião de 14 de junho de 2013, que ensejou a malfadada ADVERTÊNCIA PROTOCOLADA. Todavia, fiquei magoado, ressentido, porque, jogaram no lixo 2 anos de trabalho honesto que fiz na entidade e, em 34 anos de magistério, diretor de colégio, jamais havia recebido nenhuma admoestação e falta de apreço dos meus superiores hierárquicos.
Fiquei afastado da ALITA, voluntariamente, também, por brios feridos, decepcionado com os rumos dos acontecimentos na entidade, todavia, jamais deixei de contribuir mensalmente, 15% do salário mínimo vigente. Em 18 de maio de 2015, enviei uma carta parabenizando a nova diretoria da ALITA. Em 17.04. 2016, queixei-me mais uma vez, à confreira Raquel Rocha, sobre texto deletado nem divulgação regular.
Em 13 de dezembro de 2016, na reeleição de Sônia Maron, manifestei-me no meu blog Saber-Literário sobre sua reeleição. Porém, continuei alijado, não recebia e-mails de convocação de reunião ordinária nem extraordinária. Usava como recurso o meu blog para protestar, contudo, sempre com princípios éticos e morais, jamais denegrir pessoalmente, nenhum confrade, o nosso objetivo era chamar à atenção da entidade para que fosse reconhecida pela comunidade de utilidade pública cultural.
Fiz uma crônica contundente em 18.02.2017, com o título: “Site Literário ou obituário”. Fiz essa crônica para que não houvesse desvio de finalidade da entidade em seu site. Não condenava o registro do passamento da pessoa, reprovava o diretor do site que, o registro do óbito ficasse 1 ou 2 meses na primeira página. O site acadêmico tem por finalidade divulgar os eventos culturais, palestras pedagógicas em educandários ou outras instituições, história da academia, estatuto, regimento, lançamentos de livros, registros literários e científicos, “espaço do escritor”, em casos raros, políticas públicas perenes de interesse da comunidade e do país.
O site é um tipo de mídia que se caracteriza pelas postagens, sobretudo, pelas imagens, imagens que trazem repugnância, sentimentos de pesar, sentimentos dolorosos, jamais deverão permanecer no site além do registro do dia, as homenagens e imagens eternas devem ficar no arquivo para uma necessidade de pesquisa. O site literário não é um jornal de notícias, um semanário, o site literário se caracteriza pelo saber literário, afora isto, é contrassenso.
Pela defesa que fiz para que não houvesse desvio de finalidade da entidade, que as ações da academia fossem de interesse público, não houvesse privilégios entre os confrades, que o site e a revista fossem colocados a serviço de todos os 40 membros, não para alguns. Por isso, no dia 10.03.2017, sem ouvir-me, sem defesa, sem contraditório, eu fui denegrido publicamente, marginalizado no site “Itabuna Centenária, Arte e Literatura-ICAL” e semanários da cidade com um “MANIFESTO DE DESAGRAVO”. A seguir, transcrevo os “crimes” que eles acusam que cometi, mas são inverdades, inclusive, eles não apresentam provas, mas, insinuações, ilações e injúrias:
a) “...vêm manifestar seu repúdio às atitudes injuriosas e difamatórias do acadêmico e blogueiro Rilvan Batista de Santana contra a instituição e seus diretores atuais, sendo ele um dos integrantes do quadro associativo da entidade”;

b) “Quando usa seu blog, o acadêmico em foco o faz no afã de difundir o terrorismo cultural [3 anos depois, o senhor Cyro de Mattos produziu um texto chamando-me de “O Terrorista Cultural”. Se alguém observar com atenção, são conjecturas filosóficas], ferindo a ética, maltratando a verdade, tornando a vida tumultuada e feia. Demonstra, com isso, a natureza de alguém que, na condição de órfão do mundo [eu não sou órfão de pai e mãe, para os preclaros acadêmicos, eu sou órfão do mundo, uma pessoa extremamente infeliz], quer aparecer a qualquer custo e enganar os incautos”;

c) A Academia de Letras de Itabuna foi criada pelo idealismo do promotor Carlos Eduardo Lima Passos, dos juízes de Direito Antonio Laranjeira e Marcos Bandeira, do professor universitário e escritor Ruy Póvoas e do escritor Cyro de Mattos. [... e, Rilvan Batista de Santana]. Não surgiu para abrigar figuras inexpressivas em seu quadro, nem ser um clube de serviço onde circule o elogio fácil e o alimento da vaidade. [Nesta última sentença, eles confessam que não aceitam pessoas simples, mas figuras da elite, socialmente e financeiramente aquinhoadas, talvez, seja essa a frustração deles terem aceito uma pessoa desafortunada].

Em 17.03.2017, escrevi a crônica-resposta: “Contrassenso na Academia de Letras de Itabuna”, que é um repúdio, a falta de bom senso dos acadêmicos da ALITA, em particular, os promotores do “Manifesto de Desagravo”, os acadêmicos Cyro de Mattos e Sônia Maron.
Em 04.06.2017, através de e-mails, ingenuamente (hoje, digo ingenuamente, porque a confreira Silmara Oliveira foi catapultada à presidência da ALITA por Cyro de Mattos), marcamos um encontro no Shopping Jequitibá para o meu retorno â academia, fiz-lhe algumas considerações, parabenizei-lhe pelo novo cargo, acreditava em sua independência na condução da ALITA e, acrescentei que o meu primeiro emprego de professor tinha sido em Itajuípe, a terra de Adonias Filho, a terra que Jorge Amado em seus romances regionais, deu colorido à história de Senhorzinho Badaró, da família Badaró, etc., etc.
Fiz uma pasta com os documentos do que havia ocorrido, fui ao encontro da presidente, fiz-lhe uma exigência do local, que não fosse na casa do escritor Cyro de Mattos nem na casa da ex-juíza Sônia Maron, então, propus-lhe o Shopping Jequitibá, face, sua residência ser em Itajuípe.
Fui ao seu encontro como se fosse um adolescente que volta à escola no primeiro dia de aula, cheio de expectativas e projetos, mas a decepção não poderia ser maior, ela e a confreira Lurdes Bertol disseram-me que não havia clima de meu retorno à ALITA, alguém havia condicionado: “Ele ou eu”. Lurdes Bertol ainda ensaiou provar pelo celular que eu havia denegrido os confrades, contudo, ela não encontrou a prova. Com a simplicidade dos bons, eu ainda lhes insisti que levassem a pasta de documentos para uma possível reconsideração... Acho que, pelo mal-estar que a presidente demonstrou em recebe-la, elas jogaram essa pasta no primeiro lixo que encontraram.
No dia 07.08.2017, enviei-lhe um e-mail reclamando que foi deletado do site da academia, um texto de minha autoria, com o título: “Digressões Literárias”, ela nem se dignou responder.
Quase um ano depois de meu desastrado encontro com as confreiras Silmara Oliveira e Lurdes Bertol, 19.02.2018, numa crônica: “A Cultura do Ódio”, na introdução conto a história de um amigo brigão, Antônio Charqueada, mas, brigão por boas causas e relato as injustiças que eu sofri na ALITA, injustiças por não ter aceito o autoritarismo e o preconceito de alguns e exalto a minha determinação e perseverança de não me ter curvado aos conluios e aos egocentrismos.
Eu ainda promovi o bom combate, a boa crítica, a crítica construtiva e publiquei, 8 meses depois: 24.10.2018, a crônica: “ALITA! Ó ALITA! Que foi feito de ti?” Nessa crônica, eu me preocupava o triste destino da Academia de Letras de Itabuna.
Dois textos que encerro a minha condição de membro ativo da academia: “Deitei o “Rei” no xadrez da ALITA” e “Revirando o Baú da ALITA”. O primeiro texto, deixo de contribuir (15% do salário mínimo vigente) mensalmente para entidade e declaro que fui vencido (não renunciei) pelo egocentrismo, ego inflado, maquiavelismo e maldade de alguns; o segundo texto, é uma reminiscência, as lembranças boas e más da academia. Os textos datam de: 12.08.2017/14.06.2019. Para mim, não importava mais que a ALITA subisse ou descesse, que essa gente que me prejudicou baixasse à tumba com a consciência dos anjos, até que no “Dia do Pai”, 08. 08. 2020, motivo desconhecido, pra variar, pelo escritor Cyro de Mattos, fui taxado numa narração mal feita de: “O terrorista cultural”.
Diz o provérbio popular que “quando Deus tira os dentes, alarga a goela”, Deus não me deu a oratória de Cícero, Demóstenes, Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Martin Luther King, contudo, deu-me a paciência de Jó, a perseverança de Gandhi, a transpiração de Thomas Edson e a honestidade de Sócrates. Não sou intelectual de escol nem possuo o saber de alguns acadêmicos, porém, sou trabalhador, paciente, ético, generoso, honesto e determinado.
Em 34 anos de magistério e 4 anos de diretor geral do Colégio Estadual de Itabuna – CEI, nunca “puxei o tapete” de nenhum colega nem destruir o sonho de nenhum aluno. Eu era o primeiro chegar ao colégio e o último a sair, nunca negligenciei o conteúdo da disciplina, se não deixei o saber para meu aluno, deixei-lhe sabedoria, senso de responsabilidade e honestidade intelectual. Depois de 16 anos de aposentado, ainda sou tratado pelos meus ex-alunos com amizade e admiração e os meus ex-colegas com cordialidade e apreço.
A minha vida de educador deu-me algumas alegrias e prêmios, mais recente, em 16 de outubro de 2019, recebi numa festa de cinema na “TERCEIRA VIA HALL”, título de “Mérito Educacional FTC”, no mesmo ano, o título mais sonhado: “Cidadão Itabunense” pela Câmara de Vereadores de Itabuna. Na mocidade, fui vereador desta terra com o saudoso Plínio de Almeida, Dr. João Santana, Dr. Rafael (Rafa) Bríglia, Orlando Lopes, Antônio Calazans, dentre outros nomes de escol da cidade itabunense.
Embora não seja narcisista, nunca fiquei diante do espelho explorando minha beleza ou minha feiura, porém, nunca me senti uma “figura inexpressiva”, “figura grotesca”, “atarracada”, “cabeça grande” “cabeçorra”, “terrorista cultural”, apodos que ganhei na ALITA. Aquele que julga só a aparência é um preconceituoso, de mente limitada e caráter duvidoso. Lá em Samuel (16:7) está escrito: “Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração“.
Na realidade, os meus amigos de infância e mocidade nunca me deram apelidos, nunca foram preconceituosos comigo, eles sempre me admiraram pela retidão de caráter, pelo exemplo. Sobrevivi pelas aptidões que Deus me deu, não pelo físico de um brutamontes.
Não sou escritor, desejaria sê-lo. Ninguém se faz escritor, o leitor que faz o escritor. Se o escritor não é reconhecido, não tem público, sua obra não é reconhecida, não vende livro, ele é autor, não escritor. Muitos escritores e poetas não foram reconhecidos em vida, a exemplo de Euclides da Cunha, Álvares de Azevedo, Kafka, Antoine de Saint-Exupéry, Lima Barreto, Tobias Barreto, etc., ou seja, suas obras literárias foram reconhecidas após a morte.
Cora Coralina publicou o seu primeiro livro de poemas já idosa (75 anos de idade), sua consagração popular ocorreu depois dos encômios de Carlos Drummond de Andrade, antes, a doceira que cantava os becos e as ruas históricas de Goiás, era uma ilustre desconhecida do mundo dos modismos e das “Flips” das letras. Cora Coralina não era neófita na arte de escrever, escrevia contos e poemas desde adolescente, mas, seu reconhecimento de escritora chegou na idade decrépita, porém, ela teve a sorte de alcançar o reconhecimento de sua obra em vida.
Às vezes, as pessoas podem pensar “que me deito no chão para enganar urubu”, quando digo que não sou escritor. Realmente, não o sou, sou um escrevinhador, um autor. O escritor tem público, reconhecimento, editora, marketing, vende livro e, possui algum best-seller nas livrarias. Não tenho nenhum desses requisitos de escritor, portanto, não sou escritor.
Em 28 de agosto de 2008, recebi de Maria João, conhecida escritora portuguesa um livro de presente com o título: “O polvo não sabia que o mexilhão tinha asas”, e a dedicatória: “Para o Rilvan, meu amigo e companheiro de escrito, com um grande abraço”. Carinhosamente, respondi-lhe: “... Que honra para um desconhecido cidadão!... É que Maria, aqui na minha cidade, a maioria me conhece como um simples professor e não com o dom de colocar palavras bonitas e cheias de vida no papel. Não sou um mestre da prosa nem da poesia...”. Noutras palavras: não tenho a honra de ser um escritor!
No “Manifesto de Desagravo”, não fui tratado como escritor mas, de acadêmico e blogueiro, palavras que soaram pejorativamente: “... vêm manifestar seu repúdio às atitudes injuriosas e difamatórias do acadêmico e blogueiro!”. Só que o blog é um tipo de mídia prática, eficiente, um diário on-line onde o editor responsável publica fatos vários do dia a dia. Alguns blogs são de matérias específicas, a exemplo dos blogs de ciência e literários. Não é demérito intelectual ser blogueiro, demérito é usar o blog para denegrir a honra de A e B com postagens difamatórias e mentirosas ou usar o blog para “jabá”. Jabá é ganhar dinheiro escusos.
Eu não pedi para ser acadêmico, eles que me honraram com o título. Durante 2 anos, na presidência de Dr. Marcos Bandeira, dei tudo de mim na administração das contribuições financeiras da ALITA como 1º. Secretário e ajudei intelectualmente na formação de seu REGIMENTO E ESTATUTO, além da contribuição financeira de 15% do salário mínimo por mais de 3 anos.
Não obstante o honroso título acadêmico itabunense que recebi, ele não me realiza intelectualmente. No manifesto de desagravo publicado em 10.03.2017, no site ICAL, eles escreveram: “... melhor faria se, por coerência, pedisse o afastamento e, desligado da instituição”. Não o fiz porque não cometi nenhum “crime” ético, moral ou físico. Fui alijado pelas articulações maldosas e tendenciosas do escritor Cyro de Mattos e o autoritarismo da presidente da ALITA, naquela época, a ex-juíza Sônia Maron. Se eles, realmente, tivessem razão, por que não instalaram um conselho de ética? Não tinham subsídios reais!...
Na época do imbróglio, das acusações inconsistentes dessa gente poderosa e elitista, o único meio de defesa foi usar o blog Saber-Literário que administro desde 2005 e o Recanto das Letras desde 2012. Nas minhas crônicas e artigos, nunca detratei nem manchei a honra de nenhum confrade, sempre abordei os fatos em benefício da entidade. Por isto, resolvi elaborar este texto com títulos cronológicos com objetivo de registar a minha passagem na Academia de Letras de Itabuna-ALITA, que um dia haja uma reparação histórica, que eu não passe para as páginas da entidade de letras itabunense como um “Terrorista Cultural”.
Enfim, desejo que a ALITA ressurja das cinzas assim como a “Fênix”. Hoje, ninguém fala da nossa academia. Na gestão da diretoria de 2011/2012, é que, ela fosse reconhecida como de “utilidade pública”, assim estaria qualificada para receber ajuda de todos os níveis de governo, celebrar contratos, desde o governo municipal até o federal. Desejo que surja uma liderança com empatia, generosa e intelectualmente honesta para que a ALITA cumpra seu papel cultural na comunidade de Itabuna. Rilvan Batista de Santana, São Caetano, Itabuna (BA), Brasil.


 
[***]



Rilvan Batista de Santana: Professor de Matemática aposentado, membro fundador da Academia de Letras de Itabuna-ALITA, ex-diretor do Colégio Estadual de Itabuna (CEI), ex-vereador de Itabuna, “Mérito Educacional FTC 2019”, “Cidadão de Itabuna" pela Câmara Municipal, membro da União Brasileira de Escritores (UBE 2018/2020), fundador do blog Saber-Literário. Produziu 21 livros impressos e virtuais, divulga nos sites: Recanto das Letras, Bookess, Amazon.com, etc.





.








 
Rilvan Santana
Enviado por Rilvan Santana em 26/08/2020


Comentários


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr