CORONAVÍRUS - R. Santana
CORONAVÍRUS
R. Santana
Uma endemia na pandemia, ou seja, uma loucura menor dentro duma loucura maior. Muitos comparam o momento atual ao tempo da “gripe espanhola” de 1918/1920, pelo vírus influenza, letal para 50.000.00 milhões de pessoas ao redor do mundo. Talvez, o vírus COVID-19 não faça o mesmo número de morte em decorrência da comunicação instantânea da mídia falada, televisada e escrita, repetindo o apelo da OMS do isolamento, da distância social, além de todos os governos empenhados para que o sistema da saúde não entre em colapso e a ciência descubra em curto prazo o tratamento específico para o CORONAVÍRUS e a vacina.
A História da Humanidade, certamente, irá responsabilizar à China pela pandemia do COVID-19. Por princípios ideológicos do governo chinês, os problemas de Wuhan, foram conhecidos pelo mundo depois de tempo considerável pela denúncia imprudente do médico Li Wenliang. E, pelos mistérios inexplicáveis da vida, ele morreu algum tempo depois, vitimado pelo CORONAVÍRUS.
Enquanto a morte grassava em Wuhan, turistas de todo mundo, homens e mulheres de negócio, esportistas, estudantes, artistas, pesquisadores, jornalistas correspondentes e profissionais liberais entravam e saíam da China, potencialmente, os portadores dessa terrível doença.
Hoje, esse país asiático, berço do mutável CORONAVÍRUS, retomou suas atividades normais e abastece o mundo com insumos médicos, ou seja, suas indústrias modernas estão se locupletando com a doença de milhares de pessoas no planeta. A China pela sua potência econômica, deveria liderar programas de solidariedade mundial sem prejuízo do seu “status quo” antes da pandemia.
Decerto, o isolamento e o distanciamento social são os responsáveis, no momento, para conter essa pandemia, uma vez que, não existe ainda uma vacina e um remédio reconhecidos pela comunidade científica brasileira e científica lá de fora. O remédio poderá vir de imediato, mas a vacina levará 2 anos, no mínimo, conforme os expertos, portanto, não se pode negligenciar as recomendações da Organização Mundial de Saúde – OMS.
Porém, num país pobre como o Brasil, com vários programas de assistência social, a exemplo do programa “Bolsa Família”, a inclusão de mais um programa de 38 milhões de brasileiros que vivem na informalidade com o país em "stand by", com suas atividades produtivas em espera da evolução dessa doença por tempo indefinido, será o comprometimento da economia e o caos social por muito tempo. Será condição “sine qua non” que todas as forças políticas se unam, sem egos políticos inflados, desprendidos, para uma saída que concilie o combate à doença sem prejuízo das atividades econômicas, pois, se a economia sucumbir, não haverá condição material, financeira e, gente qualificada para combater o CORONAVÍRUS.
A maioria do pessoal da saúde só pensa em isolar e distanciar socialmente o idoso, distanciá-lo dos filhos, dos netos, dos amigos da pracinha, de sua igreja, dos vizinhos, das cantorias, do “rala-bucho”, da cervejinha no bar da esquina, essa gente não entende que as doenças da mente são tão nocivas quanto o isolamento e o distanciamento da família. Há idoso que prefere morrer que viver isolado numa camisa de força social. Essa geração não é afeita às redes sociais, ao Smartphone, ao WhatsApp, poucos gostam de ler, aliás, muitos não sabem ler.
Às vezes, o exagero no remédio mata mais que a doença, as restrições são necessárias conforme ponto de vista do médico infectologista, todavia, o psiquiatra e o psicólogo achem que mudar comportamento e atitudes arraigadas ao longo dos anos à força de pânico, da loucura coletiva de muitos, não estão protegendo o velhinho ativo e ainda cheio de vida. Seria mais produtivo que se conciliasse às novas regras de convivência: a terapia ocupacional e a afetividade, não o ócio, o isolamento e o distanciamento social.
Enfim, que o pânico e o estresse não sejam mais decisivos do que o bom senso. Todos nós estamos apavorados, não é pra menos, não podemos velar nossos entes queridos, dá-lhe um adeus cristão, derramar nossas lágrimas em cima do corpo inerte... Irmãos, netos, filhos, genros e noras ouvirem a última missa ou outra prática religiosa, não trará de volta o ente querido, mas, consola!...
Autoria: Rilvan Batista de Santana
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