Deitei o “Rei” no xadrez da Academia de Letras de Itabuna – ALITA R. Santana
Deitei o “Rei” no xadrez da Academia de Letras de Itabuna – ALITA
R. Santana
Em um jogo de xadrez o “Xeque-Mate!” é pra quando o jogo chega ao fim, porém, nem sempre é assim, quando o adversário tem menor número de peças e o bom senso indica que não existe saída aí, ele “deita o rei”, simbolicamente, ele abandona o jogo, dá-se por vencido, foi o que ocorreu comigo em relação à Academia de Letras de Itabuna – ALITA: - Deitei o rei!...
Não tenho mais motivação nem força pra continuar lutando contra o despotismo e o maquiavelismo de Cyro de Mattos e Sônia Maron. O primeiro, se assenhorou da entidade, indicou mais da metade de seus membros de fidelidade canina, hoje, ele manipula todo o colegiado a seu bel prazer; a segunda, em nome de uma amizade septuagenária, endossa todos os seus atos e transfere-lhe suas responsabilidades acadêmicas.
“Deitei o rei” porque ousei ter uma postura não atrelada aos interesses de outrem, me insurgir contra o domínio da entidade acadêmica, por extensão, o domínio de seu site e da revista “Guriatã” tão bem engendradas pelo escritor Cyro de Mattos. No site e na revista, suas produções literárias são a vitrine dessas mídias.
“Deitei o rei” por rebelar-me em meu diário on-line “Saber-Literário”, contra esse domínio, contra essa maquinação, essa eminência parda, por isto, recebi no início da gestão da Dr.ª Sônia Maron, uma “advertência” protocolada e a “proibição” (ela cancelou o meu e-mail da relação de endereços eletrônicos da academia), para participar de reuniões ordinárias, extraordinárias e eventos. Mais recente, no dia 10 de março do ano em curso, a “diretoria” da ALITA publicou em sites e jornais, um “Termo de Desagravo” que me atingiu moral e eticamente, com calúnias, injúrias e termos desairosos.
Não obstante o meu “alijamento”, eu continuei contribuindo de acordo o Regimento, com 10% do salário mínimo de maio de 2011/agosto de 2017, sem faltar um mês sequer.
Abre Parêntesis:
Além de membro fundador da ALITA, fui o seu primeiro tesoureiro e cuidei com cuidado a gestão do dinheiro da entidade e fui “campeão” de presença no dizer do seu presidente. O presidente, naquela época, Dr. Marcos Bandeira, fez a instalação e posse dos seus membros, com Buffet contratado com recursos próprios, no auditório da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Itabuna – FTC, e, ainda tínhamos uma funcionária efetiva.
Marcos Bandeira não se deixou tutelar, fez uma administração ímpar, agregadora, sem sectarismo, sem intolerância, sem preferência individual, democrática. Fez com a diretoria, o Regimento e o Estatuto da ALITA, para que ela deixasse de ser uma hipótese, desejo de alguns, para tornar-se um fato, uma pessoa jurídica, assim, ele a habilitou seu reconhecimento como entidade cultural pelas autoridades municipais, estaduais, federais, e os filantropos, os mecenas da cidade.
Com a eleição da Dr.ª Sônia Maron, para presidente, perdemos ou deixaram de frequentar à academia, membros importantes do ponto de vista da cultura e das letras e das artes, o escritor e jornalista Antônio Lopes, as poetisas Genny Xavier e Marialda Jovita Silveira, Gustavo Fernando Veloso Menezes, Antônio Laranjeira Barbosa, dentre outros. Com devida vênia, a ex-juíza, Dr.ª Sônia Maron, não teve capacidade para aglutinar cabeças pensantes diferentes, produzir literatura, nem a promoção sociocultural da academia, a exemplo de doutor Ivann Krebs Montenegro, na sua coirmã AGRAL.
Fecha parêntesis
Depois da posse da confreira Silmara Oliveira, na presidência da ALITA, em 19 de abril deste ano, escrevi um e-mail e lhe solicitei uma entrevista com o objetivo de solucionar os meus problemas de relacionamento com a ALITA. Encontramo-nos no Shopping Jequitibá com sua vice-presidente, a professora Lurdes Bertol. Levei uma pasta com todos os documentos que tinha sobre a academia, embora tenha se apresentado como uma “pessoa de diálogo”, eu percebi que não haveria evolução em nossa conversa, os dignitários da direção condicionaram afastar-se da entidade com a minha presença, mesmo assim, acordamos que ficaria ciente das atividades da ALITA, que não seriam divulgadas no “Saber-Literário” sem a sua anuência. Hoje, penitencio-me da minha incompetência, fui incauto com meu gesto de humildade e aproximação, pois ela foi indicada e sacramentada na presidência da ALITA, pelos senhores Cyro de Mattos e Sônia Maron.
Faz-se necessário esclarecer que a atual presidente, professora Silmara Oliveira, é uma pessoa competente, bem articulada, administrou com lisura e desenvoltura, o Memorial Adonias Filho em Itajuípe, todavia, politicamente, não seria a pessoa mais indicada para dirigir a ALITA neste momento, pois mora e trabalha em outra cidade, não tem trânsito livre nem é conhecida pelas autoridades locais nem pela comunidade itabunense. Evidente, ela foi envolvida com “presente de grego” por mentes ardilosas com o objetivo de continuarem no comando da entidade das letras itabunenses.
No dia 14 de julho, publiquei no Recanto das Letras e noutros sites de literatura um quase “ensaio” com o título: “Digressões Literárias”. Pelo fato do site da ALITA, as produções não são renovadas com frequência, enviei uma cópia para diretora do site, a confreira Raquel Rocha, que pra minha surpresa foi publicado, mas a minha alegria durou pouco - ainda brinquei com minha esposa: “olhe, eles publicaram” - , menos de uma semana depois o texto foi deletado. Então, enviei 2 e-mails para presidente para conhecer o motivo da eliminação do texto, tive como resposta o silêncio, o descaso.
Nesse “ensaio” fiz uma digressão, um “passeio” com os autores baianos, aqueles poetas e escritores que admiro sem nenhum estudo técnico. Deixei claro que me expressava como leitor, que outras pessoas poderiam ter outra opinião de acordo seus princípios e leituras literárias.
Enfim, não irei renunciar (eles que resolvam, juridicamente, a minha permanência ou não no quadro da ALITA), apenas, irei me afastar por tempo indeterminado até que os ventos mudem de direção. Não tenho mais tempo nem saúde pra ficar cuidando de egos inflados, cabeças não resolvidas e a mesquinhez do nada. Rilvan B. Santana – Itabuna, 13 de agosto de 2017