Contrassenso na Academia de Letras de Itabuna - ALITA
Contras-senso na Academia de Letras de Itabuna - ALITA
“... O membro renega seu perfil acadêmico e vai ao público para difamar sua entidade, melhor seria, se, por coerência, pedisse seu afastamento...”
“Atitudes injuriosas e difamatórias “
“Não surgiu para abrigar figuras inexpressivas em seu quadro”
Estas aleivosias foram assinadas pelos preclaros membros da Academia de Letras de Itabuna – ALITA, abaixo, com o objetivo de denegrir-me e caluniar-me com inverdades que pratiquei com a instituição, que modestamente ajudei fundar e fiz parte da sua primeira diretoria como 1º. Tesoureiro em tempos difíceis.
Antes de tecer os comentários que embasam e justificam minha defesa, declinarei, a priori, os nomes dos signatários do nefasto "manifesto de desagravo" que injustamente pedem o meu afastamento, a minha renúncia do quadro da ALITA:
- Sônia de Carvalho de Almeida Maron;
- Ruy do Carmo Póvoas;
- Lurdes Bertol Rocha;
- João Otávio de Oliveira Macedo;
- Cyro Pereira de Mattos;
- Carlos Eduardo Passos;
- Marcos Antônio Bandeira;
- Sione Porto;
- Janete Ruiz Macedo;
- Raquel Rocha;
- Margarida Cordeiro Fahel;
- Ary Cardoso Teixeira;
- Silmara Santos Oliveira;
- Maria Delile Miranda;
- Maria Palma de Andrade
- Maria de Lourdes Netto Simões;
- Carlos Valder do Nascimento
- Maria Luísa Nora
Itabuna, 10 de março de 2017.
Histórico
No dia 19 de abril de 2011, participei a convite do ilustre Dr. Marcos Antônio Bandeira, para fundar uma academia de letras em nossa cidade.
No início, eu fiquei assustado, descrente do convite, pensei que fosse uma “pegadinha”, não conhecia, naquela época, o egrégio magistrado. Sempre escrevi e com advento da INTERNET, publicava as minhas “bobagens” para todos os itabunenses que eu possuía na minha caixa de e-mail, inclusive, para o eminente Marcos Bandeira.
Trabalhamos juntos mais de 02 (dois) anos, eu, na 1ª Tesouraria, ele como presidente. Administramos os parcos recursos com parcimônia e sabedoria: pagamos a festa da posse, as primeiras despesas administrativas, contratou-se uma secretária e, as primeiras despesas com a transferência de local da FICC para o Ed. Dilson Cordier, 110, salas 209/210.
Com a eleição da atual presidente, fui alijado da ALITA, inclusive, com notificação protocolada de admoestação, pois me insurgir pelo desvio de finalidade do site da ALITA, que contemplava alguns membros mais do que outros.
Há 2,0 (dois) anos não recebo e-mail para participar das reuniões ordinárias da instituição acadêmica, com raras e honrosas exceções, sou convidado quando existe eleição (veja convite pra eleição da ALITA, no Saber-Literário em 12.03.2017).
Os meus textos deixaram de ser publicados no site da ALITA, Não fui contemplado com a primeira publicação da revista “Guriatã”, na segunda edição, fui contemplado por muita insistência com minha crônica-conto: "Jupará”.
Possuo tudo arquivado da ALITA, enquanto atuei como seu membro. No "manifesto de desagravo", os próceres da academia falam em "liberdade de expressão", não fiz outra coisa, senão, exercitar a minha liberdade de expressão todo esse tempo. ~
Não me insurgir contra a instituição, nunca a difamei e, jamais tive por princípio atitude antiética, sempre fui cordato com os meus pares, não por ser uma “figura inexpressiva”, mas para prestigiar a competência. No início da fundação da academia, abrir mão do patrono Machado de Assis, que escolhi e conheço parcialmente sua obra, para atender ao desejo duma figura expressiva da literatura que condicionou sua entrada na academia se Machado de Assis fosse seu patrono, aí, fiquei com Walker Luna, um grande poeta contemporâneo, mas que não o conhecia.
Justificativa
Não guardo ressentimento do Sr. Cyro de Mattos nem da Sra. Sônia Maron, principais artífices desse malfadado manifesto de desagravo. Eles possuem ambições e influências que não as possuo. Nunca ataquei a instituição, quer queiram, quer não, eu ajudei fundar. Não faço ataques pessoais, porque não sou nenhum energúmeno para não avaliar suas consequências, faço sim, críticas construtivas para melhorar e ser reconhecida de utilidade pública a nossa ALITA.
Não nego a palavra a nenhum membro da instituição, mas sou vítima dessa atitude pequena. Eventualmente, encontro-os no shopping e não me reconhecem, aliás, o leitor é testemunha de que em seu “manifesto de desagravo”, eles potencializam essa atitude: “Não surgiu para abrigar figuras inexpressivas em seu quadro”.
Ninguém que não é do meio, sabe o que é ALITA, nesses 04 (quatro) anos da atual presidente, a instituição não teve o mesmo desempenho da sua coirmã AGRAL. A AGRAL tem sala própria, mais reconhecida pela sociedade, inclusive, com vários projetos comunitários. O Presidente de honra Ivann Krebs Montenegro é um agregador, um homem que respeitou as diferenças em sua gestão, nunca cerceou ninguém, não dividiu a AGRAL, reconhecido na comunidade e uniu os seus pares num mesmo ideal. Não deixou nenhuma eminência parda, nenhum medalhão, tomar as rédeas de sua administração e influir decisivamente.
Depois que ALITA foi criada, muitos dos seus membros abandonaram-na, homens doutos e mulheres de saber reconhecido: Antônio Laranjeira Barbosa, Antônio Lopes da Silva, Dinalva Melo de Nascimento, Luís Antônio dos Santos Bezerra, Marialda Jovita Silveira e Genny Xavier. Acho que faltou competência para agregá-los.
Escrevi que me fosse permitido traçar o perfil do próximo presidente da ALITA, na minha modesta opinião, teria que ser um agregador, com habilidade diplomática, democrata, aceito e não imposto, com trânsito livre na sociedade itabunense, que saiba cristalizar todas as oportunidades e empreendedor.
Fiz críticas produtivas ao site da ALITA. Entendo que o objetivo de qualquer site é passar informação atualizada aos seus leitores. Não se pode transformar um site literário num obituário: é justa a homenagem póstuma, porém, tem que ser passageira, uma informação fúnebre, mas rápida.
O objetivo do site de literatura é divulgar as produções dos seus membros, democraticamente, sem preferências individuais, sem apadrinhamento, sem tendência.
Respeito a decisão de todos os signatários do malfadado manifesto, porém, far-se-ia justiça ouvir todos os interessados, não somente os recalcitrantes às mudanças, ao novo, ao bom senso cartesiano, não às futricas e às maledicências e aos resquícios autoritários. Sugerir que um membro renuncie aos seus direitos vitalícios, adquiridos da mesma forma que os outros, nos remete aos tempos discricionários, um passado obscuro, toda pessoa prejudicada tem o direito de se manifestar, se defender... Procedimentos unilaterais, sem ouvir o outro, não será respaldado em nenhum tribunal, pois em “dúbio pro reo”.
Causa-me espanto, signatários de reconhecido saber jurídico e signatários com outros saberes se unirem para assinar um “manifesto público” com aleivosias e acusações levianas com um dos membros fundadores da ALITA, que sempre se pautou eticamente, moralmente, na vida pessoal e profissional.
Agora, resta aos senhores, expulsar-me da ALITA, rasgando seu Regimento e seu Estatuto, embasados naqueles que me querem cercear. Atenciosamente, Rilvan Batista de Santana. Itabuna (BA), 16 de março de 2017.
Post Scriptum:
Hoje, 16.03. 2017, que li o “manifesto de desagravo”, por isto, a resposta extemporânea...
Fonte: Itabuna Centenária Arte & Literatura - ICAL
Edição: 10.03.2917