Eu não gosto de Félix R. Santana
Eu não gosto de Félix
R. Santana
Nada contra o ator Mateus Solano, aliás, ele desempenha o papel de homossexual com tanta desenvoltura e graça com os seus ditos religiosos que prende o espectador do começo ao fim mesmo que não seja aficionado por novela na TV, mas não gosto do que Félix personagem representa para juventude incauta brasileira. Todavia, não é o primeiro personagem gay televisivo que capta a simpatia duma parcela ingênua da sociedade que não percebeu ainda que os autores noveleiros têm por objetivo “destigmatizar” e “eufemizar” as relações homoafetivas, pois é de conhecimento de todos que alguns autores, atores, atrizes e diretores são homossexuais assumidos ou enrustidos. Eles comungam com o pensamento de Oscar Wilde que a vida imita a arte e não o contrário.
Não é necessário ser beato ou xiita para saber que a homossexualidade é reprovada por Deus: “Se um homem usar com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometeram uma torpeza abominável; serão punidos de morte e sua morte recairá sobre eles.” (Levítico 20,13). No islamismo a homoafetividade também é condenável, em alguns países muçulmanos, o homossexual é punido com a pena capital, outros países são mais tolerantes e a morte é substituída por castigos severos. O efeminado ainda é reprovado em outros textos bíblicos: “Acaso não sabeis que os injustos não terão parte no reino de Deus? Não vos iludais: nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas...” (I Coríntios 6, 9-10). É procedente e oportuno registrar, também, a ira de Deus com os habitantes de Sodoma e Gomorra.
Hoje, essas citações bíblicas são consideradas irrelevantes, coisas remotas, distantes, fantasia da história, fábulas, parábolas, princípios morais obsoletos, recursos disponíveis naquela época para educação dum povo primitivo e duma sociedade e estado desestruturados e inaptos, porém, não se pode negar que com todos os avanços da sociedade moderna, a homossexualidade ainda é uma perversão moral imposta e não aceita espontaneamente, se a homossexualidade fosse uma opção sexual natural, sem preconceito, não seria necessário de leis para proteção de homossexuais contra a fúria de heterossexuais intolerantes.
Desde 1990 que foi comprovado que a homossexualidade não é um “transtorno mental”, uma “inversão congênita”, uma anomalia da natureza a exemplo da partenogênese e do hermafroditismo, mas uma opção sexual do individuo, o homossexualismo não consta na relação internacional de doenças da Organização Mundial de Saúde – OMS, nem nos programas de políticas públicas de saúde dos municípios, estados e união. O homossexual é um sujeito saudável com prerrogativas e deveres como qualquer outro cidadão e deve ser respeitado e integrado à sociedade, portanto, não é justo que lhe dê uma legislação diferenciada em detrimento dos demais.
A homofobia também não é aceitável sob os aspectos humanos e jurídicos. Não se pode violentar ou discriminar o indivíduo pelo fato dele ser homossexual. A agressão física e a agressão moral não se justificam sob nenhum pretexto nem no homossexual nem no heterossexual, o agressor deve ser responsabilizado e apenado. Os direitos humanos são para humanos cidadãos não para bandidos e malfeitores. As ideologias radicais raciais, sexuais e os preconceitos não subsistem no mundo democrático de hoje. Todo homem deve ser respeitado e amado de maneira cristã independente de sua opção sexual, de sua raça, de sua idade, de sua condição física, de sua religiosidade e de sua posição social.
Entretanto, reprova-se não a homossexualidade em si, é uma conduta efeminada de alguns homens desde os princípios dos tempos... Quem leu a “Crônica escandalosa dos 12 césares” e os livros de Platão, onde Sócrates se manifesta contra os homens efeminados, irá perceber que é impossível insurgir-se contra essa chaga humana que há séculos subsiste, é como disse Jesus Cristo a Saulo: “... Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões” (Atos 9, 4-5), todavia, gozando do mesmo princípio democrático que eles, é ignomínia social, o “casamento” gay, a adoção de crianças e a figura jurídica de “União Estável”, os mesmos direitos da previdência pública de um casal convencional e a concepção de uma nova família.
Hoje, é chique ser gay! Certas profissões são estigmas dessa opção sexual que os profissionais de sucesso, geralmente, são homossexuais ou representam bem esse papel, a exemplo de cabeleireiros, estilistas, cozinheiros, dançarinos clássicos, atores, atrizes, cantores, cantores, etc., etc. Alguns se jactam que gostam de homens e mulheres, são os bissexuais, marido da mulher e mulher de todos os maridos. É comum, artistas em declínio tornar público sua opção sexual invertida com o objetivo de chamar a atenção de seus incautos seguidores e não sair da mídia televisiva, jornais e revistas específicas de gays, lésbicas e simpatizantes, os famigerados GLS.
A caricatura de Félix seria engraçada se não houvesse uma mensagem subjacente do autor com o objetivo de maximizar, “destigmatizar” e “eufemizar” as relações homoafetivas, torná-las mais naturais, mais aceitáveis e minimizar os preconceitos. Quando se iniciou na TV essa campanha, em particular nas telenovelas, dramatizar e falar explicitamente da relação homoafetiva, havia certo cuidado no enfoque e nas cenas do assunto para não traumatizar o espectador, mas à medida que o tempo passou, hoje, exagera-se no trejeito dos atores e nas cenas obscenas. Ultimamente, os autores estão empurrando goela adentro da nossa sociedade que o modelo de família tradicional está perto do fim, agora, já não é pai e mãe, mas pai e pai ou mamãe e mamãe.
A corrupção de costume, princípios éticos relegados, vicissitudes, libertinagem, desregramento e a falta de Deus têm contribuído para degradação moral e o esfacelamento de muitas famílias. A promiscuidade sexual além de ser um risco para saúde, as relações dissolutas atraem a droga e a bebida. A droga, hoje, é o câncer que pouco e pouco toma conto da sociedade e preocupa os governos de todos os níveis que se esforçam com políticas de saúde pública para atender a demanda.
Portanto, Félix não é bom exemplo para juventude por mais que seja caricato e engraçado. O autor de teledramaturgia não explora as relações homoafetivas, somente, para aumentar os índices de audiência no IBOPE da empresa televisiva que trabalha, é que a TV ainda é a maior vitrine que se pode ter para difusão instantânea dessas ideias e imagens e o meio de comunicação mais visto e mais popular. Caberá à sociedade filtrar o joio do trigo e não aceitar todo lixo eletrônico.
Autor: Rilvan Batista de Santana
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